Procuras mais informação sobre visitar o Ghibli Park? Chegaste ao local certo. Somos fãs assumidos do universo mágico do Studio Ghibli. Crescemos a sonhar com florestas encantadas, criaturas misteriosas e mundos onde a imaginação não tem limites. Como o próprio Hayao Miyazaki afirmou numa rara entrevista à The New York Times, “a realidade não é suficiente para nós — precisamos de mundos onde a alma possa respirar”. É essa necessidade de encantamento que nos fez apaixonar por esse estúdio.
Numa das nossas viagens pelo Japão, começámos a procurar experiências diferentes, fora dos circuitos habituais. Foi assim que, na nossa terceira visita ao país, em 2025, o Ghibli Park apareceu no radar — e a cidade de Nagoya com ele. Segundo o Japan National Tourism Organization (JNTO), a região de Aichi, onde o parque está localizado, tem vindo a crescer em popularidade precisamente por causa deste novo ponto de interesse cultural.
Já tínhamos ouvido falar deste parque temático inspirado nos filmes do Studio Ghibli, mas não imaginávamos o quão especial seria. Decidimos que estava na hora de mergulhar no mundo encantado que tantas vezes vimos no ecrã — e viver essa magia ao vivo. Como explicou Toshio Suzuki, produtor do Studio Ghibli, em conferência de imprensa na abertura do parque: “O Ghibli Park não foi feito para entreter com adrenalina, mas para emocionar com memória e detalhe”.
Este guia é para ti, que também adoras os filmes do Ghibli e queres saber como visitar o Ghibli Park sem stress. Vais encontrar aqui dicas práticas, tudo o que precisas de saber para organizar a tua visita, e a nossa experiência pessoal.
Spoiler: não é um parque de diversões como os outros. Não há montanhas-russas, mas há muita atenção ao detalhe, emoção e nostalgia. Como diz o próprio site oficial do parque: “Este é um espaço para caminhar, sentir e descobrir — como nas histórias de Ghibli”.
Uma nota importante: é essencial planear a visita com antecedência. Os bilhetes começam a ser vendidos com dois meses de antecedência e esgotam rapidamente — por isso, convém estar atento e garantir o teu o mais cedo possível. Podes comprar online através do Klook ou da plataforma japonesa Lawson.
CONTEÚDOS DO ARTIGO
Onde Fica o Ghibli Park e Como Chegar
O Ghibli Park fica dentro do Parque Moricoro, na província de Aichi, bem perto de Nagoya, no centro do Japão. A localização é perfeita para quem está a fazer um roteiro pelo Japão e quer incluir uma paragem fora do comum.
O Parque Moricoro é enorme e só uma parte dele é dedicada ao Ghibli Park. Existem cinco áreas temáticas do universo Ghibli, mas o resto do parque é uma zona verde tranquila, perfeita para passear, fazer piqueniques ou explorar outras atrações que não têm ligação direta ao estúdio.
Se estiveres em Tóquio, podes apanhar um shinkansen (comboio bala) até Nagoya — a viagem dura cerca de 1h40. De Quioto ou Osaka, o tempo de viagem é ainda mais curto: entre 35 minutos e 1 hora, dependendo do comboio.
A partir do centro de Nagoya, o percurso é simples:
- Apanha a linha amarela do metro (Higashiyama Line) até à estação de Fujigaoka (cerca de 30 minutos).
- Depois, muda para a linha Linimo (um comboio magnético silencioso e moderno) e segue até à estação Ai-Chikyuhaku-Kinen-Koen — a entrada oficial do parque.


Usa o teu cartão de transportes IC, como o Suica ou o Pasmo, que funcionam tanto no metro como na linha Linimo. Se usares iPhone, podes adicionar o cartão diretamente na Wallet e carregá-lo com Apple Pay. Aconselhamos a usar um cartão bancário sem taxas de câmbio para evitar custos extra.
Como Comprar Bilhetes para o Ghibli Park
Comprar bilhetes para o Ghibli Park pode ser um desafio — mas com as dicas certas, consegues garantir a tua entrada.
Há duas formas principais de os comprar:
Os bilhetes para visitar o Ghibli Park são colocados à venda dois meses antes da data da visita, sempre no dia 10 do mês (por exemplo, os bilhetes de julho são vendidos a 10 de maio). E esgotam muito rápido.
Nós tentámos comprar pelo Klook assim que abriu, mas já não havia bilhetes para os dias que queríamos. Acabámos por conseguir através da Lawson, com algum esforço e sorte.
Existem diferentes tipos de bilhetes, dependendo das áreas do parque que queres visitar. Há bilhetes simples para zonas específicas e combos que incluem várias áreas. Os preços variam consoante a combinação escolhida e o dia da semana, mas rondam entre os 1000 ienes (para zonas menores) e os 3500 ienes (para o bilhete completo).
Nós optamos pelo bilhete para visitar o Ghibli Park que dá acesso às 5 zonas e em que se escolhe um horário de entrada no Gran Warehouse. Na entrada do Grand Warehouse trocámos o bilhete por uma pulseira que dá acesso às outras 4 zonas do parque. Podes trocar em qualquer outra entrada antes das 12:00, assim podes planear a tua visita para explorar primeiro outras partes do parque e marcar o Grand Warehouse para mais tarde.
Como Está Organizado o Parque
O Ghibli Park está distribuído por cinco zonas principais, cada uma inspirada em filmes e ambientes diferentes do universo do Studio Ghibli. Todas elas ficam dentro do Parque Moricoro, mas estão um pouco afastadas umas das outras — por isso, convém planear bem o tempo e saber exatamente o que está incluído no teu bilhete.
Áreas do Parque Ghibli
Embora todas as zonas façam parte do Ghibli Park, nem todas estão juntas — por isso, convém veres o mapa oficial antes da visita para te orientares melhor. Há caminhos pedonais, zonas verdes e sinalética clara, mas o tempo entre zonas pode variar. Por exemplo, entre a Grand Warehouse e a Dondoko Forest vais precisar de apanhar um shuttle ou caminhar cerca de 20 minutos.


Aqui vai uma visão geral das áreas:
1. Grand Warehouse (Armazém Ghibli)
É a maior zona do parque e, para nós, a mais imperdível. Aqui há exposições interativas, cenários dos filmes recriados ao detalhe, objetos originais, lojas e até uma pequena zona com comida. Vais poder tirar fotos com o Robot do Laputa, entrar na casa de banho do Spirited Away e sentir-te mesmo dentro de um filme do Ghibli.
2. Dondoko Forest
Fica mais afastada e é dedicada ao universo do Meu Vizinho Totoro. É aqui que está a casa da Mei e da Satsuki, construída à escala real. O ambiente é super tranquilo, rodeado de natureza. O nome vem do Totoro Dondoko Taiko, a dança que ele faz com as meninas junto à árvore.
3. Hill of Youth
Esta zona é inspirada em filmes como O Castelo no Céu e Whisper of the Heart. Há um edifício que recria a loja de antiguidades do filme, e outros pequenos detalhes que os fãs vão reconhecer. É uma das zonas mais calmas, boa para visitar com tempo.
4. Mononoke Village
Esta zona leva-te diretamente para o mundo de A Princesa Mononoke. Tens réplicas em tamanho real das criaturas e edifícios inspirados na vila dos Tatara. A atmosfera é mais rústica, com muita madeira e pedra. Dá mesmo a sensação de estar no meio da floresta.
5. Valley of Witches (inaugurada em março de 2024)
A mais recente das zonas do parque, dedicada a filmes como O Castelo Andante, Kiki – A Aprendiz de Feiticeira e Earwig and the Witch. Tens o castelo do Howl, lojas, casas recriadas e um pequeno parque de diversões com uma vibe mais leve. Foi das que mais nos surpreendeu!
Que Zonas Exigem Reserva Adicional?
Nem todas as zonas podem ser visitadas com o mesmo bilhete — e algumas exigem reserva específica de horário:
- Grand Warehouse – É a principal e mais concorrida. Exige sempre reserva com hora marcada.
- Dondoko Forest – Também precisa de bilhete específico, com entrada marcada para visita à casa da Mei e Satsuki.
- Valley of Witches – Com a inauguração recente, esta zona pode exigir reserva, dependendo da época.
- Hill of Youth e Mononoke Village – Podem estar incluídas em alguns bilhetes combinados, mas convém confirmar na hora da compra.
Dica: lê bem a descrição do bilhete antes de comprar. Há opções só para a Grand Warehouse, outras que combinam duas ou mais zonas, e algumas datas com eventos especiais. O que comprámos incluía todas as 5 zonas.
Primeiras Impressões e Ambiente do Parque
A nossa experiência no Ghibli Park começou ainda antes de entrarmos nas zonas temáticas. A chegada ao Parque Moricoro já nos dá uma boa ideia do que esperar: um espaço enorme, rodeado de natureza, com caminhos largos, zonas de relvado e edifícios espalhados pelo terreno. Não é um parque de diversões típico — é um parque natural com atrações do universo Ghibli bem integradas na paisagem.

Logo à saída da estação de metro Ai-Chikyuhaku-Kinen-Koen, encontras uma zona de apoio com alguns restaurantes, uma loja de conveniência e casas de banho. É um bom sítio para comer qualquer coisa rápida antes de entrares no Ghibli Park propriamente dito. A partir daqui, é só seguir a pé durante uns minutos até chegares à entrada da Grand Warehouse, a zona principal do parque e, normalmente, o primeiro ponto da visita.
Como te deslocares no parque
É perfeitamente possível explorares todo o Ghibli Park a pé, especialmente se gostas de caminhadas e tens tempo. As zonas estão um pouco afastadas entre si, mas os caminhos são agradáveis, rodeados de natureza.



Se quiseres poupar energia, há um autocarro gratuito que circula pelo Parque Moricoro e pára perto das principais atrações, incluindo as zonas do Ghibli Park.
Existe também um Catbus — inspirado no filme Meu Vizinho Totoro — que liga os extremos do parque. Este serviço tem um custo adicional e pode ser uma opção prática se estiveres com crianças ou quiseres evitar longas caminhadas.
Além disso, há dois elevadores panorâmicos que facilitam o acesso a zonas mais altas, como o miradouro do Valley of Witches e a entrada para o Dondoko Forest. São pensados sobretudo para pessoas com mobilidade reduzida, mas podem ser usados por qualquer visitante.
Entrar num Filme do Ghibli
Uma das coisas que mais nos marcou logo ao início foi o cuidado com os detalhes. Desde o primeiro edifício, sentimos que estávamos dentro de um filme do Studio Ghibli. As cores, os sons e até os cheiros ajudam a criar uma experiência imersiva.



O que torna tudo ainda mais especial é que muitos dos cenários são interativos. Podes abrir gavetas, espreitar por janelas, levantar tampas de caixas… Há sempre uma pequena surpresa à espera, como se os criadores quisessem que descobrisses o mundo Ghibli de forma curiosa e divertida. É esse lado de descoberta que nos fez andar com olhos de criança por cada canto.
Organização e Ambiente
Apesar de o Ghibli Park estar inserido num parque público, a organização é impecável. As entradas são controladas, há sinalética clara em inglês e japonês, e os funcionários são simpáticos e prontos a ajudar — mesmo que o inglês possa por vezes ser mais tímido, fazem sempre um esforço, tem folhetos com as informações em inglês, e são muito atenciosos.
Quando lá fomos, estava a decorrer um festival no Parque Moricoro e havia mais movimento do que o habitual. Mas mesmo assim, o ambiente dentro das zonas Ghibli manteve-se tranquilo. Durante a semana, de certeza que é ainda mais calmo, mas ao fim de semana é normal veres famílias japonesas a fazer piqueniques ou a passear pelos jardins do parque, sem sequer irem ao Ghibli Park.
Importa sublinhar que este não é um parque de diversões como a Disney ou a Universal. Não vais encontrar montanhas-russas, música alta ou animações de rua. Aqui a magia está nos detalhes, na tranquilidade e na ligação com a natureza. É um espaço para explorar com tempo, apreciar o ambiente e mergulhar devagarinho no mundo encantado do Studio Ghibli.
Explorar o Ghibli’s Grand Warehouse

Se há uma zona do Ghibli Park que te vai fazer sentir mesmo dentro do universo mágico do estúdio, é o Ghibli’s Grand Warehouse. Foi a nossa primeira paragem e, honestamente, é impossível não ficar de boca aberta logo à entrada.



O edifício é enorme e o interior parece um mundo à parte: ruas com fachadas inspiradas em vários filmes, jardins com plantas gigantes, escadarias misteriosas, pequenas lojas, cafés e cenários que nos fazem esquecer que estamos num parque temático. Aqui, o espírito Ghibli está em cada detalhe.
Exposições e cinema
Logo à entrada, dão-te um bilhete para o mini-cinema, que está incluído no acesso ao Grand Warehouse. É uma sala onde passam curtas de animação exclusivas, diferentes consoante a altura do ano. Não é possível filmar ou fotografar no interior da sala, mas vale muito a pena – é uma forma especial de começar a visita.



Dentro do armazém, há várias exposições interativas com personagens em tamanho real, cenários que podemos explorar e pequenos “mundos” escondidos que nos levam de um filme ao outro. Alguns espaços têm filas de entrada e outros não permitem tirar fotografias, por isso convém estares atento à sinalização e aproveitar o momento.



Ah, e claro: não falta um Catbus! Há um para as crianças, fofinho e cheio de almofadas onde se podem divertir à vontade, e outro mais realista numa das exposições. Só de o vermos, ficámos com aquele sorriso nostálgico de quem cresceu com os filmes do Totoro.
Detalhes e delícias
O Grand Warehouse não é só para ver — é para viver. É daqueles sítios em que cada canto parece ter uma surpresa. Portas que se abrem para passagens secretas, objetos que se mexem, gavetas com mensagens escondidas… Tudo feito para nos deixar curiosos e envolvidos.
Há também uma confeitaria com doces inspirados nos filmes, e não resistimos a provar o bolo recheado com pasta de feijão — é um clássico japonês, e aqui é tão popular que esgota com frequência. Se estiveres curioso, vai logo cedo!


Por fim, não saias daqui sem passar pela loja de lembranças. Parece mais uma exposição do que propriamente uma loja. Está cheia de objetos de coleção, artigos exclusivos e pequenos tesouros que te vão fazer querer levar um pedaço do parque contigo. Mesmo que não compres nada, vale a visita só para ver.
A Casa da Satsuki e da Mei na Dondoko Forest
Entrar na casa da Satsuki e da Mei é como dar um salto direto para dentro do filme O Meu Vizinho Totoro. A atenção ao detalhe é incrível – até a bicicleta encostada à entrada é igual à do filme. O ambiente é tão realista que por momentos parece que as personagens estão prestes a aparecer.



A casa é uma réplica fiel de uma casa tradicional japonesa dos anos 50, totalmente equipada como se alguém ainda lá vivesse. Desde os tatamis até aos utensílios de cozinha, tudo foi pensado ao pormenor. Logo à entrada, vais ter de descalçar-te, como manda a tradição, e depois podes explorar à vontade.
E quando dizemos explorar, é mesmo no sentido literal: podes abrir portas, gavetas, espreitar dentro dos armários… há sempre alguma surpresa escondida. Um dos nossos momentos preferidos foi o escritório do pai da Satsuki, com livros por todo o lado e uma vista maravilhosa para o lagomesmo em frente à casa. É daqueles espaços que te fazem ficar ali a absorver tudo.
O caminho até à floresta
Depois da visita à casa, há um pequeno percurso que sobe até a um miradouro, com uma vista diferente da casa e da envolvente natural. É um bom local para parar um pouco, tirar umas fotos e apreciar a tranquilidade do parque.


Se continuares a subir, chegas à verdadeira Dondoko Forest, onde a magia Ghibli continua. Há um cenário especial no topo da colina e, com um pouco de sorte (ou imaginação), talvez vejas um Totoro por entre as árvores, à procura de bolotas.
Bilhetes e acesso
A Casa da Satsuki e da Mei é uma das zonas que exige bilhete específico, a menos que tenhas adquirido o bilhete que dá acesso às cinco zonas do Ghibli Park. Nesse caso, podes entrar diretamente, mas convém confirmar os horários, já que a entrada é controlada e feita por grupos.
É uma experiência que nos tocou mesmo, sobretudo por nos lembrar a simplicidade e beleza das pequenas coisas — uma casa, uma floresta, uma infância. Se és fã do universo Ghibli, este é um daqueles lugares que vais guardar na memória.
Outras Zonas Imperdíveis do Ghibli Park
Além do Grand Warehouse e da Dondoko Forest, o Ghibli Park tem mais três zonas que vale a pena conhecer. Cada uma tem a sua própria atmosfera, ligada a diferentes filmes do Studio Ghibli. Algumas impressionam mais do que outras, mas todas acrescentam algo à experiência.
Mononoke Village: o lado mais selvagem do parque
Esta zona é inspirada no universo de Princess Mononoke e tenta recriar o ambiente da floresta e das personagens do filme. Visualmente, tem algumas construções interessantes, mas, para sermos honestos, foi a que menos nos marcou.



Há uma experiência em que podes grelhar mochis numa fogueira, o que até pode ser giro para quem viaja com crianças, mas tem um custo extra de 1200 ienes – e, sinceramente, não nos pareceu valer o preço. Não há muito mais para ver ou explorar, por isso é provável que passes por aqui num instante.
Hill of Youth: uma homenagem a “Whisper of the Heart”
Esta pequena colina tem muito charme. A casa principal é baseada no filme Whisper of the Heart, e está recriada com imenso detalhe. Lá dentro, encontras uma oficina de instrumentos musicais na cave, com objetos que podes explorar e experimentar, o que torna a visita ainda mais especial.



No exterior, há também uma casa em miniatura inspirada no mundo dos gatos, que nos fez lembrar o The Cat Returns. É uma zona pequena, mas cheia de pormenores para quem gosta de reparar nos detalhes.
Valley of Witches: magia, cor e muitos detalhes encantadores
Esta foi, sem dúvida, a nossa zona favorita do Ghibli Park. O Castelo Andante está incrível — enorme, cheio de tubos, engrenagens e fumo, parece mesmo que vai começar a andar a qualquer momento. É uma estrutura única, só vista mesmo aqui.



Além disso, podes visitar a casa da bruxa de Kiki’s Delivery Service, que está muito bem recriada, com vários espaços interativos. Há até uma parte onde podes “fazer poções” – não é nada complicado, mas é divertido e perfeito para fotos.
Nesta zona há também um carrossel, um restaurante com pratos inspirados nos filmes, uma banca de cachorros quentes e, claro, os sapos recheados de pasta de feijão, que são deliciosos e bastante populares (costumam esgotar). Tudo aqui parece saído diretamente de um mundo mágico.
Easter Eggs no Ghibli Park: Detalhes Escondidos que Tornam a Visita Mágica
Uma das coisas que mais nos divertiu ao explorar o Ghibli Park foi descobrir os easter eggsespalhados pelas diferentes zonas. São pequenos detalhes escondidos – alguns quase impercetíveis – que os fãs mais atentos vão adorar encontrar. Não são apenas referências visuais: muitos destes segredos podem ser tocados, ativados ou até ouvidos.
O parque está cheio de objetos aparentemente banais, como caixas, bancos de jardim ou móveis, que guardam surpresas se fores curioso o suficiente para os explorar. E isso é uma das grandes mais-valias do Ghibli Park: o convite à descoberta.
Aqui ficam alguns dos easter eggs que encontrámos (sem estragar demasiadas surpresas!):

- Um carimbo invisível no Castelo Andante, que só aparece quando apontas uma luz negra – uma pista que nos foi dada por um dos funcionários, e que nos deixou a sorrir.
- A cassete na casa da bruxa (na Valley of Witches) toca mesmo música quando a colocas no gravador.
- O Totoro escondido no quarto da Kiki – se olhares bem, ele está lá, à espreita, como se estivesse a proteger o espaço.
Estes detalhes tornam a visita muito mais imersiva e pessoal. Dá vontade de parar em cada canto e experimentar tudo, sem pressas. A sensação é mesmo essa: como se estivéssemos dentro dos filmes, com liberdade para explorar ao nosso ritmo.
Por isso, se fores ao Ghibli Park, não te limites a seguir o caminho principal. Espreita atrás das portas, abre gavetas, presta atenção aos sons e aos reflexos. Há magia escondida em cada canto – só tens de estar atento.
Onde Comer no Ghibli Park
Se estiveres com fome durante a visita ao Ghibli Park, há várias opções para comer, desde snacks rápidos a refeições mais completas, com um toque temático inspirado nos filmes do estúdio.
Dentro do parque, há alguns cafés e restaurantes com menus criativos — como cachorros quentes com nomes divertidos ou doces em forma de personagens. No Valley of Witches, por exemplo, provámos um sapo recheado de pasta de feijão que estava delicioso e é bastante popular (por isso, não deixes para o fim do dia porque costuma esgotar).
Se preferires algo mais simples ou económico, mesmo junto à entrada principal, ao lado da estação de metro, há uma Lawson (loja de conveniência japonesa), ideal para comprar uma bebida fresca, um onigiri ou até uma refeição rápida. Além disso, o Parque Moricoro, onde está o Ghibli Park, também tem alguns restaurantes fora da zona temática, o que pode ser uma boa alternativa se quiseres sair um pouco do ambiente do parque.
Dicas Úteis para Aproveitar ao Máximo
Depois de termos passado o dia inteiro no Ghibli Park, estas são as dicas que te podem ajudar a aproveitar melhor a experiência:
- Melhor altura para visitar o Ghibli Park: Evita os fins de semana e feriados, se possível. Durante a semana, o parque é mais calmo e consegues explorar tudo com mais tranquilidade. Quanto à estação do ano, a primavera e o outono são ideais – temperaturas agradáveis e paisagens bonitas no Parque Moricoro.
- Quanto tempo reservar: Algumas zonas precisam de mais tempo. Por exemplo, o Grand Warehouse é super completo e interativo — conta com pelo menos duas horas. O Valley of Witches também merece atenção, com uma hora, no mínimo. As outras zonas variam conforme o teu ritmo. No total, um dia chega perfeitamente para visitar tudo com calma. Nós entrámos por volta das 9h30 e saímos por volta das 15h30, sem correr.
- O que levar: Leva calçado confortável, porque vais andar bastante. Uma garrafa de água reutilizável ajuda a poupar e é mais sustentável. Se quiseres fazer uma visita mais económica, leva alguns snacks ou compra algo na Lawson antes de entrares no parque.
Regras e Logística da Visita



Antes de ires, há algumas coisas importantes que deves saber:
- Fotografia e vídeo: Em várias partes do Ghibli Park, é permitido tirar fotos, mas há zonas — especialmente no Grand Warehouse — onde a fotografia está proibida. Isso é indicado com placas, por isso fica atento. O objetivo é manter a magia dos espaços e evitar filas ou confusões. Lembra-te que vais ver coisas que nunca foram mostradas ao mundo e que é mais sobre aproveitar o momento do que tirar fotos a tudo.
- Acessibilidade e apoio em inglês: O parque é acessível para pessoas com mobilidade reduzida, com elevadores e rampas em vários pontos. Também encontrámos indicações em inglês nos mapas e placas informativas, e os funcionários são prestáveis, mesmo que nem todos falem inglês fluente.
- Horário de funcionamento: O Ghibli Park abre às 9h00 e fecha às 17h00. Confirma sempre o horário antes de visitares que pode haver alterações. Convém entrar cedo para aproveitar bem o tempo. Como o parque está dentro do Parque Moricoro, podes chegar antes e passear um pouco pela zona verde ou comer algo antes de começares a visita.
Vale a Pena Visitar o Ghibli Park?
Antes de irmos ao Ghibli Park, lemos várias opiniões e reviews online. Muitas diziam que o parque era desorganizado, que as atrações estavam muito afastadas umas das outras ou que não havia assim tanto para ver. Confessamos que ficámos um pouco na dúvida… Mas depois de termos vivido a experiência, só podemos dizer: ainda bem que não desistimos.
A verdade é que adorámos. Foi uma das experiências mais diferentes que já tivemos no Japão, e sentimos mesmo que só podia acontecer ali. O Ghibli Park não é um parque de diversões com montanhas-russas — é um mergulho profundo no universo mágico do Studio Ghibli. E se fores fã dos filmes, vais sentir-te como se tivesses entrado diretamente dentro de um deles.
Tudo está pensado ao detalhe: os cenários são incríveis, os objetos podem ser mexidos, e o mais impressionante é que nada está estragado ou desarrumado — o que, sejamos sinceros, só é possível graças ao civismo que se vive no Japão. Poder abrir gavetas, tocar nos objetos e encontrar surpresas em cada canto torna a experiência ainda mais especial.
Para quem é ideal?
Se és fã do Studio Ghibli, este parque é um sonho tornado realidade. Mas mesmo que não conheças todos os filmes, o ambiente e o cuidado com cada espaço vão surpreender-te. É perfeito para quem gosta de animação, para quem viaja em família, em casal ou até sozinho.
Valeu cada minuto que passámos lá — e também todo o esforço para conseguir os bilhetes. Foi uma daquelas experiências que ficam connosco para sempre. Se estiveres a planear uma viagem ao Japão e gostas do universo Ghibli, este é um daqueles sítios que tens mesmo de visitar.
Visitar o Ghibli Park foi uma das experiências mais marcantes da nossa viagem ao Japão. É diferente de tudo o que já tínhamos visto — e sentimos mesmo que ali, o mundo da animação ganha vida. Desde os cenários incríveis aos pequenos detalhes escondidos em cada canto, há sempre algo a descobrir. Para quem cresceu a ver os filmes do Studio Ghibli, é uma viagem cheia de emoção e nostalgia.
Se gostas de animação japonesa ou simplesmente queres fazer algo único no Japão, este parque merece estar no teu roteiro. O nosso conselho? Vai com tempo, com espírito curioso e coração aberto. Vais sair de lá com memórias que te vão acompanhar durante muito tempo.
FAQs – Perguntas Frequentes Sobre o Ghibli Park
Com quanto tempo de antecedência devo comprar os bilhetes?
Os bilhetes esgotam rapidamente, por isso o ideal é comprares com pelo menos um a dois meses de antecedência. Há várias opções, desde acesso a uma zona até ao bilhete completo que permite visitar tudo.
É possível visitar tudo num único dia?
Sim, é possível — nós fizemos isso. Chegámos por volta das 9h30 e saímos às 15h30, com tempo suficiente para explorar todas as zonas principais. O mais importante é planeares bem e gerires o tempo, especialmente no Grand Warehouse e no Valley of Witches, que são os espaços mais grandes e detalhados.
É necessário conhecer os filmes para aproveitar o parque?
Não é obrigatório, mas ajuda bastante. Se já viste os filmes, vais reconhecer os cenários e referências escondidas. Mesmo assim, quem não conhece pode aproveitar o ambiente mágico e o cuidado nos detalhes — há muito para ver e sentir, mesmo sem conhecer as histórias.
O parque é adequado para crianças pequenas?
Sim, totalmente. Há várias zonas pensadas para os mais novos, como o Catbus de brincar no Grand Warehouse. Tudo é feito com muita segurança e há espaços amplos onde se pode explorar à vontade. Claro que algumas zonas podem ser mais interessantes para adultos fãs do estúdio, mas os miúdos também se divertem.
É possível visitar em dias de chuva?
Sim, embora algumas partes sejam ao ar livre, grande parte das atrações são cobertas, como o Grand Warehouse. Leva um guarda-chuva ou impermeável, e vais conseguir aproveitar sem grandes problemas.